Júlio Silvão Tavares, Cabo-verdiano, Cidade da Praia.
Produtor e Realizador de filmes documentários, autodidata, trabalha como diretor na empresa de cinema e audiovisual Silvão-Produção, filmes, Sociedade Unipessoal, em que é proprietário.
Diplomado na Eletrônica, Rádio, Televisão e Transistores pelo CEC – Centro de Ensino por Correspondência Álvaro Torrão – Portugal 1987.
Formação na área de Documentário no programa Áfricadoc, Portugal, 2004.
Documentários produzidos e realizados
2005 - Batuque – “A Alma de um Povo”
O Batuque é uma manifestação cultural, uma das mais antigas de cabo verde. Foi reprimido e proibido, considerado como manifestação de negros e analfabetos. Após a independência do país, o Batuque foi recuperado e adotado como símbolo de identidade cultural. Hoje, com a emigração, os ritmos do Batuque voltam a viajar e a evoluir, influenciando a música que se faz noutras paragens do mundo. (Produção de 2005 – 52”)
2006 - Cabo Verde e As Cores
É o retrato da vida de um povo desamparado durante séculos de colonização. Através da narrativa das telas, percebemos o que foi a vida para homens e mulheres destas ilhas que com lucidez e poesia, os artistas plásticos recordam dos anos de tormenta: a escravatura, a miséria, a fome, a repressão.
Chegou a independência, novos valores brotam: da liberdade, do amor, da paz, da solidariedade, da natureza, não para fazer esquecer as mazelas, mas, para enobrecer a conquista do povo. Cruzam-se histórias e valores de homens e mulheres que confundem com as do país. (Produção de 2006 – 24”)
2012 - S. Tomé e Príncipe – “minha terra, minha mãe & minha madrasta”
Em 1903, Cabo Verde vive momentos de seca e fome que atingem proporções e provocam milhares de mortes. O Sul surge como alternativa, pois escasseia a mão-de-obra nas roças e milhares de braçais cabo-verdianos foram então contratados e seguiram para S. Tomé e Príncipe no porão dos barcos, em condições deploráveis. As roças, que eram a base da economia das ilhas, foram nacionalizadas em 1975 e, muito rapidamente, entraram numa fase de decadência, com centenas de ex-contratados a permanecer nas suas diferentes dependências e, qual é a consequência dessa derrocada? (Produção de 2012 – 50”)
2011 - Praia – “A cidade de sonhos”
Praia, Cidade secular, é Urbe dos nossos progenitores, é nosso Urbe, Urbe dos nossos filhos, da nossa nação. Cidade de construções seculares violadas e violentadas impunemente que contracenam com o modernismo. Urbe onde, como num mosaico, se multiplicam espaços reduzidos e destroçados. As suas gentes amam, adulteram, prevaricam, protestam, exigem - em troca de quê? Pedro e Jorge são carteiros móveis. Nas suas lides diárias cruzam-se com citadinos, relacionam-se com instituições, convivem com culturas díspares e dão-nos a conhecer o pulsar da Cidade e das suas gentes. (Produção de 2011 – 52”)
2010 - "Em busca de Liberdade"
Em 1970 um grupo de Santiagueses, na sua maioria camponeses, liderado por José dos Reis Borges, tomaram de assalto a mão armada o navio Pérola do Oceano para alcançarem o Senegal, livrando das perseguições e tortura da Policia Politica Portuguesa e participarem na luta para liberdade e independência de Cabo Verde. Pedro Martins é o fio condutor do filme. Conta a vida clandestina, o embrolho na Administração colonial local e nas estruturas políticas clandestinas apôs notícia do assalto, do campo da morte lenta, faz face a face com os assaltantes e examinam a derrocada do assalto, dos agentes da Polícia Política infiltrado, das consequências política do assalto, do dia da LIBERDADE e fazem renascer uma história que o tempo quis apagar ainda antes de ser escrita. (Produção de 2010 – 52”)
Eugénio Tavares – “Coração Criolo”
Nuvens insólitas escureceram a hora abrasadora da vila da Nova Sintra e contagiou Cabo Verde e o mundo. 01 de Junho de 1930, Pereceu entre amigos na sua cadeira de encosto o poeta de das ilhas, do mar e do amor. Na trilogia do poeta cruzam histórias de paixão, de irreverência, de emigração, de saudades, de morabeza, histórias de ontem, de hoje e do amanhã das gentes e das ilhas. O que sinto quando oiço as mornas do poeta? O que vejo quando declamam os versos de Eugénio? O que sinto quando vejo partir amores? (Produção de 2010 – 52”)
2014 - Guiné-Bissau - " A esperança dos Foliões"
Guiné-Bissau ascendeu à independência a 12 de Setembro de 1973 resultado da gesta luta de libertação que perdurou 17 anos. Logo começou-se a nova luta para construção do novel país com solidariedade da massa popular e, 7 Anos depois é banhado por sucessivos golpes de estado que fez desmoronar uma sociedade em construção e criar incertezas no seu futuro. A Cultura é o factor de união e desunião nesta sociedade multiétnico e multireligioso, mas, o Carnaval é o epicentro da unidade e espaço privilegiado de exercício de liberdade. Mas, que esperança podem ter os foliões? (Produção de 2014 – 20”)