Biografia

 

Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira, conhecido como Ruy Guerra, nasceu em Lourenço Marques, atual Maputo, em 1931. Estudou cinema na França e veio residir no Brasil, onde se tornou um dos nomes principais do Cinema Novo, com obras como Os Cafajestes e Os Fuzis. Além de roteirista e diretor, Ruy Guerra trabalhou como ator, montador, diretor e produtor. Fundou o Instituto Nacional de Cinema. Além de abraçar a área cinematográfica, atuou como poeta, dramaturgo e professor. Vive no Brasil desde 1958.
Depois da libertação de Moçambique, em 1975, Ruy foi convidado a voltar a seu país para ajudar na implantação de uma cinematografia nacional. Cinema nacional, ao alcance do povo, era tema caro às revoluções socialistas, como se dera antes na Revolução Cubana.

Ruy Guerra: Paixão Escancarada é o título da biografia do referido cineasta, escrita por Vavy Pacheco Borges, publicada pela Editora Boitempo (SP), em 2017; traça a trajetória da vida pessoal e cinematográfica de Ruy Guerra.

 

Fontes:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-215219/

http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,ruy-guerra-lembra-mueda-filme-feito-em-mocambique,10000089321

 

Filmografia

 

1954: Quand le soleil dort. Diretor e roteirista. (curta–metragem, ficção, drama)

1957: S.O.S. Noronha. Ator. (Longa–metragem, ficção)

1962: Os Cafajestes. Diretor e roteirista. (Longa–metragem, comédia)

1962: Os Mendigos. Montador e ator. (Longa–metragem, drama)

1964: Os Fuzis. Diretor e roteirista. (Longa–metragem, drama)

1968: Balada de Página Três. Roteirista. (Longa–metragem, drama)

1968: Benito Cereno. Ator. (Longa–metragem, drama)

1969: Ternos caçadores. Diretor e roteirista. (Longa–metragem, drama)

1970: Os Deuses e os Mortos. Diretor e roteirista. (Longa–metragem, drama)

1970: O Senhor do Tempo. Ator. (Longa–metragem, ficção)

1972: Os Sóis da Ilha de Páscoa. Ator. (Longa–metragem, ficção)

1972: Aguirre, der Zorn Gottes. Ator. (Longa–metragem, ficção)

1975: As Aventuras de um Detetive Português. Roteirista. (Longa–metragem, comédia)

1976: A queda. Diretor, roteirista, compositor e ator. (Longa–metragem, drama)

1980: Mueda, Memória e Massacre. Diretor e diretor de fotografia. (Longa–metragem, documentário / ficção)

1981: Histoires extraordinaires: la lettre volée. Diretor e roteirista. (Média–metragem, adaptação)

1983: Eréndira. Diretor. (Longa–metragem, drama)

1986: Ópera do Malandro. Diretor, roteirista e produtor. (Longa–metragem, musical)

1988: Fábula de la bella Palomera. Diretor, roteirista e produtor. (Longa–metragem, drama)

1989: Kuarup. Diretor, roteirista e produtor. (Longa–metragem, drama)

1992: Me alquilo para soñar. Diretor e roteirista. (Minissérie)

1997: Posta Restante. Roteirista. (curta–metragem, ficção)

2000: Monsanto. Diretor. (Longa–metragem, drama)

2000: Estorvo. Diretor, roteirista e produtor. (Longa–metragem, drama)

2004: Portugal S.A.. Diretor. (Longa–metragem, drama)

2004: O Veneno da Madrugada. Diretor e roteirista. (Longa–metragem, suspense)

2005: Casa de Areia. Ator. (Longa–metragem, drama)

2014: Dia de Cão. Diretor. (curta–metragem, drama)

2015: Quase Memória. Diretor. (Longa–metragem, drama)

 

SINOPSES DOS PRINCIPAIS FILMES:

 

Os Cafajestes (Brasil - 1962)

Prêmio do Festival de Berlim 1962 (Alemanha); Indicação ao Urso de Ouro.

Foi o primeiro filme dirigido por Ruy Guerra.

 

 

Sinopse: Um jovem rico e muito mimado, ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Com o objetivo de chantagear o tio, o sobrinho tira fotos do flagrante amoroso armado, com ajuda de um cúmplice.

 

Direção e roteiro: Ruy Guerra

Duração: 100 min. 

Fonte: http://www.ruyguerra.com.br/longas.php?idioma=2

 

 


Os fuzis (Brasil, Embrafilme - 1964)

 

 

Sinopse: Ano de 1963, policiais chegam a uma cidade pobre do Nordeste brasileiro para impedir que a população saqueie um depósito de alimentos. Em meio a um cenário desolador, os policiais ficam chocados com a negligência do governo que, ao invés de mandar alimentos para os moradores famintos, mandam soldados.

 

Direção e roteiro: Ruy Guerra (direção e roteiro) e Miguel Torres (roteiro)

Duração: 103 min.

Fonte: http://www.ruyguerra.com.br/longas.php?idioma=2

 


Os deuses e os mortos (Brasil - 1970)

Faz parte do Cinema Novo. Além de ter uma indicação ao Urso de Ouro em Berlin, foi premiado em sete categorias no Festival de Cinema de Brasília: melhor filme, melhor diretor (Ruy Guerra), melhor ator (Othon Bastos), melhor atriz (Dina Sfat) e melhor fotografia (Dib Lufti).

 

 

 Sinopse: O filme se passa no Sul da Bahia, nos anos 1930. É a história de um aventureiro sem nome, sete vezes baleado, que se intromete na luta entre dois clãs de grandes coronéis pela posse da terra do cacau. O homem vem disposto a acirrar a luta e a tomar conta de tudo com um grande golpe contra o poderoso Coronel Santana, para roubar suas terras, dinheiro e esposa.

 

Data de lançamento: 18 de junho de 1972 (Nova Iorque)

Direção: Ruy Guerra

Música composta por: Milton Nascimento

Roteiro: Ruy Guerra, Paulo José, Flávio Império

Duração: 1h e 37 min.

Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=oHYA3q5Mkho

 

 


A queda (Brasil - 1977)

 

Sinopse: Considerado uma continuação do filme “Os Fuzis” é um filme brasileiro de 1976, que foi premiado com o Urso de Prata no Festival de cinema de Berlin em 1978, e com o troféu Margarida de Prata, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

 

Nelson Xavier recebeu o prêmio de melhor ator no XI Festival de Cinema de Brasília

O filme é uma denúncia da queda e morte de um operário que trabalhava sem o devido equipamento de segurança na obra na construção do metrô do Rio de Janeiro.

 

Direção e roteiro: Ruy Guerra, Nelson Xavier.

Duração: 110 min.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=c-iQuloGEI4

 

  


Mueda, Memória e Massacre (Moçambique – 1979/80)

 

  

Sinopse: É considerado o primeiro longa-metragem ficção/documentário moçambicano. O longa reconstrói o massacre que ocorreu em Mueda, vila moçambicana, durante uma manifestação, em 1960, feita pelo povo local contra a colonização. A barbárie aconteceu pelas mãos do exército colonial português ao dizimar centenas de civis.

 O cineasta Ruy Guerra reencena o massacre de Mueda, uma manifestação a favor da independência, em 16 de junho de 1960, na própria vila moçambicana.

 

Direção e roteiro: Ruy Guerra.Roteiro: Calisto dos Lagos.

Fotografia: Fernando Silva.

Duração: 80 min.

Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=m3BmEooqgMU&t=297s

 

  


Ópera do Malandro (França/ Brasil - 1985)

  

Sinopse: É um filme franco-brasileiro de 1985, do gênero musical, dirigido por Ruy Guerra. É uma adaptação cinematográfica da peça musical homônima de Chico Buarque de Hollanda, que, por sua vez, foi inspirada no clássico de John Gay e no musical A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill.  Nos anos 40, malandro elegante e popular, figura do boêmio bairro carioca da Lapa, explora cantora de cabaré e vive de pequenos truques enganadores. Até que surge Ludmila, a filha do dono do cabaré, que pretende tirar proveito da guerra, fazendo contrabando.

 

Direção: Ruy Guerra

Roteiro: Chico Buarque de Hollanda, Orlando Senna, Ruy Guerra.

Duração: 100 min.

Trilha sonora: Canções de Chico: "As Muchachas de Copacabana", "A Volta do Malandro", "Pedaço de Mim", "Tema da  Geni" e "O Meu Amor".

Fonte: http://memorialdademocracia.com.br/card/opera-do-malandro-chega-ao-cinema

  

 

 


Kuarup (Brasil / 1989)

Baseado na obra Quarup, de  Antônio Callado. Foi indicado à Palma de Ouro.

 

Sinopse: Um jovem padre, na década de 1950, em crise existencial, está sendo preparado para ser missionário entre os índios da região do Xingu, onde deve realizar uma experiência comunitária nos moldes das antigas missões jesuítas. Ele vai ter que lutar para manter seu posto, ameaçado por suas convicções políticas que diferem da igreja e, sobretudo, por sua paixão por Sônia. Esse conflito fará com que o padre deixe o sacerdócio, torne-se um indigenista e lute contra o regime militar brasileiro implantado em 1964.

 

Direção: Ruy Guerra

Música composta por: Egberto Gismonti

Produção: Ruy GuerraRoberto FonsecaPaulo Brito

Roteiro: Ruy GuerraRudy Langemann

Duração: 1h e 59 min.

Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=SJZsmsWBtIQ

 

  


 Estorvo (Brasil - 2000)

 

Indicado como:

Melhor filme no Festival de Cannes (Palma de Ouro) – 2000

Melhor fotografia, melhor diretor, melhor montagem e melhor trilha sonora no Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro, 2001

Vencedor de melhor fotografia e melhor música; indicado melhor filme no Festival de Gramado (Kikito de Ouro), 2001

Vencedor de melhor diretor no Huelva Latin American Film Festival (Colon de Prata), 2000

Vencedor do melhor filme latino no Santa Fe Film Festival, 2000

Vencedor na melhor fotografia e melhor diretor na Associação Paulista de Críticos de Arte (Troféu APCA), 2001

Vencedor da melhor fotografia no Festival de Viña del Mar, 2000

 

Sinopse: Um homem acorda com a campainha da porta tocando insistentemente. Pelo olho mágico vê um desconhecido de terno e gravata, barba e cabelos longos, que lhe lembra alguém que não consegue identificar. Não sabe o porquê daquele homem estar ali nem quem ele é, mas tem uma certeza imediata: ele representa uma ameaça sua vida. Veste-se depressa, aproveita uma distração do visitante e escapa de sua própria casa. Com a certeza de que o desconhecido está em seu percalço, ele passa a desconfiar de tudo e de todos numa fuga sem destino, que penetra cada vez mais fundo no seu próprio mundo.

 

Direção: Ruy Guerra

Roteiro: Chico Buarque de Hollanda (romance) e Ruy Guerra.

Fotografia: Marcelo Durst

Trilha sonora: Egberto Gismonti

Duração: 95 min.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5gtrabxDRd8

 

 


Casa de areia (Brasil – 2005)

Ruy Guerra neste filme atua como ator.

 

Vencedor e indicado ao Grande Prêmio do Júri na categoria de filme do mundo – drama, melhor fotografia, melhor roteiro original do Satellite Award 2006 (EUA).

Venceu do Grande Prêmio Cinema Brasil 2006 (Brasil) da categoria melhor direção de arte, melhor figurino, melhor maquiagem.

  

Sinopse: Um português, Vasco, interpretado por Ruy Guerra, leva sua esposa grávida, Áurea, e a mãe dela, Dona Maria, em busca de um sonho: viver em terras prósperas, recentemente compradas por ele. O sonho se transforma em pesadelo, quando, após uma longa e cansativa viagem junto a uma caravana, o trio descobre que as terras estão em um lugar totalmente inóspito, rodeado de areia por todos os lados e sem nenhum indício de civilização por perto. Áurea quer retornar ao lugar de onde vieram, mas Vasco insiste em ficar e constrói uma casa de madeira para que lá possam viver. Após serem abandonados pelos demais integrantes da caravana, um acidente mata Vasco e deixa Áurea e Dona Maria completamente sozinhas. Elas partem em busca de ajuda e terminam por encontrar Massu, um homem que nunca deixou o local. Massu passa a ajudá-las, levando comida e sal para que Áurea e Dona Maria possam sobreviver na casa recém-construída. Áurea deseja deixar aquele lugar de qualquer maneira, mas decide apenas fazer isto quando sua filha nascer e puder sair dali com ela. Enquanto isso, Áurea e Dona Maria precisam lidar também com a instabilidade do local em que vivem, já que a areia pode soterrar a casa que habitam a qualquer momento.

 

Direção: Andrucha Waddington

Roteiro: Elena Soárez

Trilha sonora: Carlo Bartolini, João Barone

Elenco: Ruy Guerra, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Seu Jorge, Luiz Melodia, Enrique Diaz, Stênio Garcia, etc

Duração: 125 min.

Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=LpwS4HxTrf8

 

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