Leão Lopes
Fonte: https://expressodasilhas.cv/cultura/2019/11/05/leao-lopes-defende-politicas-publicas-voltadas-para-formacao-e-profissionalizacao/66463
Biografia
Leão Lopes (nasceu em Porto Novo, Santo Antão, Cabo Verde, em 1948) é um realizador de cinema, escritor, artista plástico e professor cabo-verdiano. Como cineasta, destacou-se pela realização da primeira longa-metragem de ficção cabo-verdiana, Ilhéu de Contenda (1996), baseado no romance homônimo de Teixeira de Sousa. É também autor de vários documentários, entre os quais se destacam Bitú (2009) e São Tomé: os últimos contratados (2010). Em 1979, fundou, na cidade do Mindelo, a ONG AtelierMar, dedicada à formação e capacitação cultural e ao desenvolvimento local, que ainda preside. Foi Ministro da Cultura e Comunicações do Governo de Cabo Verde durante a legislatura de Carlos Veiga (1991-2000) e é, presentemente, deputado na Assembleia Nacional de Cabo Verde, eleito pelo partido MPD. Fundou, na cidade do Mindelo, o Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura (M_EIA), onde desempenha as funções de reitor e professor. Leão Lopes é licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e doutorado pela Universidade de Rennes II, França, com uma tese sobre o escritor cabo-verdiano Baltazar Lopes. Foi também cofundador e editor da revista Ponto & Vírgula (1983-1987). É consultor do projeto “UNESCO’s Global Report on Culture and Sustainable Urban Development regional survey for Portuguese speaking countries”, coordenado por Walter Rossa e financiado pela UNESCO. Tem desenvolvido, ao longo dos anos, uma intensa atividade nos domínios da criação artística que passam pela literatura, artes plásticas, design e cinema, assim como na docência e investigação aplicada a ações de desenvolvimento de comunidades rurais e urbanas em Cabo Verde. Nesse sentido, é autor e realizador de inúmeros documentários e com vários em preparação.
Fonte: http://doutoramento.patrimonios.pt/leao-lopes/
Fonte: http://nosgenti.com/leao-lopes-criatividade-interiorizacao-pessoal-e-firmes-ideais/
Filmografia
Ilhéu de Contenda,1996, longa-metragem.
Sinopse:
Cabo Verde, 1964. Sob a grandeza do vulcão, a sociedade tradicional transforma-se. A velha aristocracia detentora das terras começa a desintegrar-se. Surge uma classe de mulatos cujo poder econômico assenta sobretudo no comércio. Lentamente nasce uma nova identidade, uma mistura do velho com o novo, da cultura africana com a portuguesa, de sensualidade e dinamismo. As canções de Cesária Évora acompanham esta transformação inevitável. Baseado no romance homônimo de Henrique Teixeira de Sousa, Ilhéu de Contenda foi o primeiro filme a ser realizado com apoio do, entretanto extinto, Instituto Cabo-verdiano de Cinema.
Prêmios e Festivais
Prémio de Melhor Música FESPACO - Panafrican Film and Television Festival of Ouagadougou, Burkina Faso (1997)
Primeiro Prêmio do Festival de Cine Internacional de Ourense, Espanha
Festival de Cinema de Cabo Verde
Milan Film Festival, Itália (1997)
Fonte: http://www.cinept.ubi.pt/pt/filme/2515/Ilh%C3%A9u+de+Contenda
Ficha Técnica
Produção: Miguel Mendes
Realizador: Leão Lopes
Roteirista: José Fanha, Leão Lopes, Henrique Teixeira de Sousa
Ano: 1996
País: Cabo Verde
Duração: 110 min.
Gênero: drama
Fonte: https://www.imdb.com/title/tt0116609/fullcredits?ref_=tt_ov_wr#writers/
Bitú, 2006, documentário
Sinopse:
Bitú é pintor de profissão. Tanto pinta paredes como “quadros de arte” sobre muros de bares, dancings, fachadas de edifícios ou painéis de publicidade. Mas é no Carnaval do Mindelo que Bitú mais dá largas à sua imaginação e criatividade.
Através de Bitú este filme lança um olhar sobre a produção artística e contemporânea na cidade do Mindelo, em Cabo Verde.
Bitú é um documentário que transporta o espectador para o universo da cultura popular dos artistas sãovicentinos.
Ficha Técnica:
Realizador: Leão Lopes
Ano: 2006
País: Cabo Verde
Duração: 50 min.
Produção: Lx Filmes
Fonte: http://agendaculturaldili.blogs.sapo.tl/tag/document%C3%A1rio
São Tomé: os últimos contratados, 2009, Documentário
Sinopse:
Segundo António Carreira, a emigração para São Tomé e Príncipe teria tido início em 1863. A cultura intensiva do cacau acabava de ser introduzida no arquipélago. Era necessária mão de obra também intensiva. A administração colonial portuguesa recorreu a expedientes vários para coagir angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos a emigrarem sob contrato temporário para as roças de São Tomé e Príncipe. As condições de trabalho dos contratados ou serviçais nessas roças eram de tal forma degradantes que o cacau produzido nessas ilhas foi nessa altura apelidado pelos ingleses de cacau escravo.
Em Cabo Verde a fome de 1947-1949 junto a efeitos da 2ª Grande Guerra é o culminar de mais uma das muitas crises profundas que fustigavam o arquipélago. S. Tomé era um destino, a derradeira alternativa para grande número de cabo-verdianos que migrava na esperança de uma vida melhor. Alguns dessa leva regressaram; muitos outros ficaram nas ilhas, quase esquecidos.