Adulai Jamanca
Biografia
Adulai Jamanca, jovem cineasta guineense. Começou, na altura dos 15-16 anos, a se interessar por cinema. Sempre gostou de filmes e de contar histórias e decidiu seguir a carreira de cineasta. Apesar das imensas dificuldades, nunca desistiu e foi escrevendo pequenas histórias; contatou pessoas que trabalhavam na área da cultura ou da música e, numa destas ocasiões, surgiu o contato com o realizador guineense Sana Na N’Hada, que, na altura, passava muito tempo no Instituto de Cinema e que foi muito importante para sua carreira, pois foi com ele que cursou realização no Instituto Nacional de Cinema da Guiné-Bissau (INC). Jamanca está no início desta e fez sucesso com o documentário Zé Carlos Schwarz, a Voz do Povo (2006). Ainda tem muito a criar pela frente. Sua carreira apenas começou.
Filmografia
2006 – Zé Carlos Schwarz – A Voz do Povo
Sinopse:
2006 – Zé Carlos Schwarz – A Voz do Povo
Sinopse:É um pequeno documentário com uma duração de 52 minutos que fala sobre a vida e a música de José Carlos Schwarz (1949-1977), poeta e um dos mais importantes músicos da Guiné-Bissau, considerado mesmo como o fundador da música moderna da Guiné-Bissau. Engajado pelo seu país, nomeadamente na luta pela independência, a sua música teve uma grande importância na história do país, tendo-se tornado até uma arma de combate político. No documentário, a sua vida é contada por várias pessoas que o conheceram, entre elas, a esposa, os filhos e várias personalidades. Até poucos anos antes da independência, em 1974, a Guiné-Bissau tinha quinhentos mil habitantes, fragmentados e divididos em inúmeras etnias. Cada uma delas tinha a sua própria língua, com a qual fazia e cantava suas músicas a partir de instrumentos tradicionais. Foi então que um homem decidiu pegar em instrumentos musicais das várias etnias e criou uma forma musical que unificou os guineenses. Este filme retrata a vida de José Carlos Schwarz, poeta e fundador da música moderna da Guiné-Bissau. Com a sua voz e guitarra sempre denunciou o sofrimento do povo guineense, tanto na era colonial como depois da independência, quando se tornou uma voz incômoda para os dirigentes do país. Não podendo ser eliminado fisicamente, por causa da sua reputação, foi afastado do país e nomeado encarregado dos negócios da Embaixada da República da Guiné-Bissau em Cuba. José Carlos morreu num acidente aéreo em Cuba, em 1977, com apenas 27 anos. As suas canções muito poderosas atraíram grandes músicos africanos que cantaram as suas músicas, como é o caso de Bonga (Angola), e Miriam Makeba (África do Sul), entre outros. Esta última chegou a gravar com José Carlos em Nova Iorque, e teve a honra de ficar com a guitarra dele. Hoje, a sua voz continua viva. Na rádio, quando é tocada uma música dele, significa que logo virá a notícia de algo grave a acontecer no país.
Tempo de duração: 52 min.
Realização/Direção: Adulai Jamanca
Suporte/Gravação: DVCAM
Gênero: Documentário
Língua original: Português e Crioulo