“Radicado em Portugal, Ângelo Torres é nascido na Guiné Equatorial, tendo ido aos dez anos para São Tomé e Príncipe. Aos 14 anos, saiu de São Tomé para morar em Cuba. Em Portugal, conheceu o teatro e passou a trabalhar como ator.”
Ângelo Torres nasceu na Guiné Equatorial em 1966. É filho de pais são-tomenses. Viveu na Espanha e se formou em Engenharia Termodinâmica pelo Instituto Lázaro Cardenas, em Cuba. O pai decidiu enviá-lo para Cuba para ser engenheiro, com tendências de esquerda; entretanto, foi o próprio pai que desejou ver o filho em Portugal para que o curso tivesse equiparação num país capitalista. Foi daí que optou por instalar-se em Lisboa, embora seu desejo fosse viver em São Tomé e Príncipe, onde esteve apenas quatro anos.
Fez o curso de Artes Performativas na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, o conhecido Chapitô.
No cinema destaca-se a sua participação em O último condenado à morte, realizado por Francisco Manso; em Preto e Branco, realizado por José Carlos Oliveira; Tudo isto é Fado, realizado por Luís Galvão Teles; 8.8, realização Edgar Pêra; Entre Nós, realizado por Margarida Cardoso; Carga Infernal, realizado por Fernando Almeida Silva, entre outros. Realizou uma curta-metragem de ficção, Kunta, produção independente, em co-produção com a Cinemate, e um documentário, Mionga ki Obô, com a LX Filmes.
Os "angolares" são os mais antigos habitantes da Ilha de São Tomé, onde, segundo a lenda, chegaram depois de um naufrágio. Outrora senhores da ilha, foram despojados pela força no fim do século XIX e estão agora reduzidos a uma pequena comunidade pescadora. Entre os mitos e os mistérios desta ilha de beleza luxuriante, este filme revela-nos a história e os costumes dessas gentes para quem a pesca e o mar são um símbolo de afirmação.
Uma noite, o telefone toca numa tradicional taberna do interior. A Guarda Civil espanhola procura Kunta. Ele não está lá e, enquanto não chega, as pessoas especulam sobre aquelas chamadas e sobre Kunta. Será um ladrão? Um terrorista?